Vice de Alckmin já fala como ministro do governo Dilma
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Em viagem oficial ao Reino Unido, o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), conversou ontem com a Folha já como virtual ministro da Pequena e Média Empresa do governo Dilma Rousseff.
A criação da pasta, que será a 39ª da Esplanada, ainda precisa ser aprovada no Senado, onde a presidente tem ampla maioria. Depois que isso ocorrer, ela deve anunciar seu futuro ocupante.
Segundo Afif, rival histórico do PT, o Palácio do Planalto informou que o impasse deve acabar em abril ou maio.
Questionado sobre o currículo para o cargo, o vice do governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que é líder empresarial desde os anos 70 e se sente pronto para formular políticas para o setor.
"Eu cuidei desse assunto a minha vida toda", afirmou, após participar de encontro com investidores em Londres.
A nomeação faz parte do acordo do PT com o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab, que tem a terceira maior bancada da Câmara: 49 deputados, mesmo número do oposicionista PSDB. Em troca, o novo partido apoiará Dilma no Congresso e na campanha à reeleição em 2014.
Afif disse que a pasta seria criada de qualquer forma, mas confirmou o pacto para a corrida presidencial.
"Este ministério não está sendo criado para o PSD. Foi uma promessa de campanha da presidente. Mas em 2014 o PSD estará com a Dilma. Ponto", enfatizou.
Ele afirmou que Kassab não será ministro para se dedicar ao partido e deve se candidatar a governador no ano que vem, quando Alckmin pretende tentar a reeleição.
Inicialmente, Dilma destinaria a nova pasta a uma empresária sem vinculação política: Luiza Trajano, do Magazine Luiza. A ideia esfriou porque a tentativa de criar o cargo por medida provisória ficou travada no Congresso.
Afif disse que as negociações com o PSD estão em aberto e ainda podem envolver mais um ministério antes de o partido embarcar oficialmente na bancada governista. "Mas eu não estou cuidando disso. Quem fala é a direção do partido", afirmou.
O vice-governador foi eleito em 2010 na chapa de Alckmin. Os dois apoiaram o então candidato do PSDB à Presidência, José Serra, que foi derrotado por Dilma.
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