Salários de vereadores aumentam em 19
capitais do país; veja lista
Reajuste de 96,6% a vereadores de Rio
Branco (AC) é o maior registrado.
Valor mais alto é de R$ 17 mil, no RN; o menor, R$ 7 mil, no ES e em RO.
Os salários dos vereadores de 19 das 26 capitais do país
aumentaram em 2013, segundo levantamento feito pelo G1 junto às câmaras municipais. O maior
reajuste foi de 96,6% em Rio Branco (AC), onde o subsídio pago ao Legislativo
passou de R$ 6.129 para R$ 12.050,56.
Também foram reajustados os ganhos dos vereadores de Boa
Vista (67,5%), Maceió (67%), Campo Grande (63,3%), Belém (62,5%), Manaus
(61,8%), São Paulo (61,8%), Recife (61,8%), João Pessoa (61,6%), Cuiabá
(61,4%), São Luís (52,9%), Florianópolis (52,3%), Aracaju (44,6%), Salvador
(44,5%), Teresina (43%), Belo Horizonte (34,1%), Fortaleza (27,9%), Curitiba (22,7%)
e Natal (13,1%).
Procurado pelo G1,
Juraci Nogueira (PP), presidente da Câmara Municipal de Rio Branco na época da
votação do reajuste e atualmente vereador reeleito, diz que "só houve uma
atualização do valor porque a Casa ficou 12 anos sem aumento". "A lei
também diz que, em uma cidade de mais de 300 mil habitantes, o vereador deve
ganhar 60% do que ganha um deputado estadual", afirma.
O atual presidente da Câmara, Roger Correa (PSB), diz
que o valor é constitucional. "Tivemos o cuidado de contrabalancear com
alguns cortes", diz Correa, sobre a redução de 30% da verba indenizatória
e de 70% da verba de gabinete.
Entre todas as capitais, a maior remuneração para
vereadores é paga em Natal (RN), onde o valor passou de R$ 15.019, no ano
passado, para R$ 17 mil em 2013. Os menores salários são dos vereadores de
Vitória (ES) e Porto Velho (RO), que recebem R$ 7.430,40 e não tiveram reajuste
no último ano.
Benefícios
Além do salário fixo, os vereadores contam com alguns benefícios, como os auxílios moradia, paletó, combustível, passagens aéreas e telefone. Nesses casos, o vereador apresenta nota justificando despesas para ser reembolsado. A maioria conta ainda com verba de gabinete, para contratação de assessores.
Além do salário fixo, os vereadores contam com alguns benefícios, como os auxílios moradia, paletó, combustível, passagens aéreas e telefone. Nesses casos, o vereador apresenta nota justificando despesas para ser reembolsado. A maioria conta ainda com verba de gabinete, para contratação de assessores.
Em Manaus (AM), por exemplo, o vereador recebe, além do
salário de R$ 15.031,76, outros R$ 14 mil para combustível, alimentação,
consultorias e trabalhos técnicos, serviço postal, telefonia e divulgação da
atividade parlamentar. Ainda há verba de gabinete no valor de R$ 60 mil por mês
para a contratação de funcionários, entre 20 e 40 servidores para cada
vereador.
Em Aracaju (SE), o subsídio pago aos vereadores do
município é de R$ 15.031,76, acrescido de verba indenizatória de R$ 12 mil e
verba de assessoria de R$ 12 mil.
Os subsídios dos vereadores são os únicos não fixados em
lei e estão atrelados aos ganhos dos deputados estaduais. Os valores são
determinados pelas câmaras com base na população do município e na
Constituição.
Em cidades de mais de 500 mil habitantes, por exemplo,
os vencimentos correspondem a 75% do subsídio dos deputados estaduais, que, por
sua vez, não podem receber além de 75% do valor fixado aos ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF), atualmente em R$ 26.723,13.
Segundo a Constituição Federal, a Câmara Municipal não
pode gastar mais de 70% de sua receita com folha de pagamento, incluindo
subsídios dos vereadores, sob o risco de cometer crime de responsabilidade.
São Paulo completa 459 anos e paulistanos
redescobrem a cidade
Vista de cima, São Paulo é mesmo uma
selva de pedra. A cada ano mais cinza, mais grisalha. E se a gente fizesse o
contrário?
Vista de cima, São Paulo é mesmo uma selva de pedra. A cada ano
mais cinza, mais grisalha. Mas este é só um jeito de ver São Paulo. E se a
gente fizesse o contrário, enxergasse a cidade debaixo para cima?
Para começar, daria de cara com o céu tão paulistano.
Fechado, cheio de nuvens prontas para despejar água.
De pingo em pingo, a chuva vira tempestade. Mas do céu
também vem outro barulho. Todo dia são quase 600 pousos e decolagens no
Aeroporto de Congonhas. Afinal, esta é a cidade com mais gente no Brasil.
São onze milhões de pessoas indo e vindo, em um tráfego
que fez São Paulo ganhar corpo, estrutura. De viadutos sisudos, como o
Minhocão, a pontes poéticas, como a Estaiada.
Poesia que essa senhora, de agora 459 anos, vem
resgatando nos últimos tempos. Reformas trouxeram de volta o glamour do teatro
Municipal, companheiro dos paulistanos há mais de cem anos, e ao Mercado
Municipal, o Mercadão - que voltou a ser ponto de encontro de amigos e
famílias.
É que os paulistanos estão redescobrindo a cidade. Que,
apesar de tão grisalha, continua bela de todos os ângulos.
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