segunda-feira, 6 de maio de 2013


Caseiro diz ter recebido ordem para queimar colchão onde PC Farias foi morto

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Primeira testemunha a ser ouvida no julgamento dos acusados de matar o tesoureiro PC Farias, o caseiro Leonino Carvalho, que trabalhava na casa de praia onde o ex-tesoureiro de Collor foi morto, disse nesta segunda-feira (6) que foi ele quem queimou, três dias após o crime, as roupas de cama, os travesseiros e o colchão onde ele e a namorada Suzana Marcolino foram encontrados mortos, em junho de 1996.
"Como o mau cheiro era muito forte na casa, eu liguei para o Flávio [ex-sargento da PM Flávio Almeida, então chefe da segurança de PC Farias] e ele mandou limpar o quarto e jogar as coisas fora", afirmou.
Leonino foi a primeira testemunha de defesa a ser ouvida no julgamento dos quatro ex-seguranças de PC --Reinaldo Correia de Lima Filho, José Geraldo da Silva, Adeildo Costa dos Santos e Josemar Faustino dos Santos-- acusados da morte do empresário e da namorada.
O caseiro disse também que ajudou a arrombar a janela do quarto onde o casal foi encontrado morto, por volta das 11h.
Na época, Leonino e Marize Vieira de Carvalho eram casados e trabalhavam como caseiros da casa de praia de PC, na praia de Guaxuma, litoral norte de Maceió.
Marize também foi relacionada como testemunha de defesa, mas não pode comparecer ao julgamento porque, segundo a defesa, está internada para tratamento de câncer.
O segundo a prestar depoimento foi o garçom Genival da Silva França, que também estava na casa de praia no dia do crime e procurou reforçar a tese de que Suzana matou PC e se suicidou em seguida. Ele disse que PC comentou que havia terminado o namoro com Suzana e que presenciou ao menos uma discussão entre o casal.
França afirmou também que Suzana havia tentado suicídio dias antes do crime. Afirmou que um irmão dele --que também trabalhava como garçom para PC-- viu quando ela tentou se matar jogando-se ao mar, nas proximidades da casa de praia.
"Meu irmão disse que ela [Suzana] tentou se afogar, mas que ele não deixou. Ela se batia dentro d'água, dava pernadas nele e ele a tirou do mar", disse ele.
"Depois da morte do doutor Paulo, eu ainda trabalhei para os filhos dele por mais de um ano. Fiquei três meses desempregado e fui admitido como segurança da empresa Tigre Vigilância, onde trabalho até hoje prestando serviço no porto de Maceió", afirmou.
Questionado pelo juiz se a Tigre Vigilância pertence ao ex-deputado Augusto Farias, irmão de PC que foi apontado pela polícia como mandante do crime (mas depois foi inocentado por falta de provas), Genival disse que não sabia, mas que já ouviu dizer que o ex-deputado é dono da empresa. Augusto Farias sempre negou ter participação na Tigre.

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