Banco terá que ressarcir cliente
assaltado em agência de SP
Cliente processou banco e estacionamento por falta de seguranças no local.
Caso abre precedente para que vítimas da 'saidinha de banco' sejam indenizadas.
Em uma agência bancária, na zona leste da capital paulista, o cliente do advogado Hélio José Dias foi sacar o auxílio doença. “Ele falou que ao entrar na agência não tinha segurança nenhuma. As seguranças particulares que, tanto estacionamento quanto agência bancária, tem que ter, ele disse que não tinha”, declarou Dias.
Quando saiu com os quatro mil reais do benefício e chegou ao estacionamento ao lado da agência, foi assaltado à mão armada. Os bandidos levaram o dinheiro.
No crime, conhecido como saidinha de banco, os criminosos entram na agência e observam o comportamento dos clientes. Ficam de olho em quem saca dinheiro, de preferência, valores altos. Depois que a vítima sai da agência com a quantia é seguida e assaltada.
Inconformado com o roubo, o homem procurou o advogado e processou o banco e o estacionamento. Perdeu a ação em primeira instância, mas ganhou na segunda. “Entenderam que ele sofreu danos materiais, porque o dinheiro que ele vinha a sacar na agência realmente foi levado, então aí é material. Ele perdeu aquilo que ele tinha pra sustentar a família. O dano moral em decorrência daquilo tudo que ele sofreu”, explicou o advogado.
A Justiça determinou que o banco deve devolver os quatro mil reais roubados do cliente e ainda indenizá-lo em cinco mil reais por danos morais. Muitas vítimas deste tipo de crime acabam não procurando a justiça, porque não sabem que têm esse direito, mas segundo alguns especialistas, o banco é totalmente responsável pela segurança do cliente quando ele estiver dentro da agência também no estacionamento.
“O consumidor deve tentar esgotar amigavelmente com o banco. Não sendo feliz neste atendimento, então ele tem que procurar a Justiça, uma vez que a justiça reconhece”, explicou Joung Won Kim, advogada especialista em direito do consumidor.
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