SUCESSÃO 2014
Encerradas as eleições municipais e com as contas na ponta do lápis, os grandes partidos nacionais abrem a discussão e articulação com vistas às eleições de 2014. O clima de pré-campanha ganha corpo com a luta do PMDB manter a aliança com o PT e o desejo do PSB de ingressar na chapa com Dilma Rousseff e, ao mesmo tempo, ameaçar lançar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ao Palácio do Planalto.
O quadro sucessório é discutido nos bastidores e avaliados com as primeiras pesquisas sobre a intenção de votos. Mesmo distante do pleito de 2014, os partidos trabalham que, quem madruga, Deus ajuda. E o Ibope já traça, em uma pesquisa divulgada, neste domingo, o cenário atual sobre a preferência dos eleitores sobre a sucessão presidencial.
A pesquisa mostra que a maioria dos entrevistados prefere a presidente Dilma Rousseff ao ex-presidente Lula como candidato do PT. Dilma pode disputar à reeleição, está bem no campo política e melhor ainda com a economia. Com a visibilidade que o poder a permite, a lembrança do nome dela é mais frequente e natural se comparado ao ex-presidente Lula, que, em alguns momentos, sinalizou interesse em concorrer à sucessão de 2014.
E, para saber o que pensam os brasileiros sobre esse quadro sucessório, o Ibope foi às ruas e constatou que, entre os entrevistados, 26% preferem a candidatura de Dilma, e, para 19%, o candidato deve ser Luiz Inácio Lula da Silva. Os números foram extraídos de citações espontâneas, sem apresentação de nome pelos pesquisadores.
O outro lado da corrida presidencial tem lembranças pouco expressivas. O ex-candidato do PSDB, José Serra, foi lembrado por 4% dos eleitores, enquanto Aécio Neves, por 3%, seguido de Marina (2%), enquanto 4% disseram que votariam em branco ou anulariam o voto, e 40% não souberam ou não quiseram responder.
Estimulada
Um quadro com os nomes de eventuais pré-candidatos – o que se define como pesquisa estimulada, quando os nomes são apresentados aos eleitores, 58% citam a preferência pela presidente Dilma, que tem, em segundo lugar, Marina Silva (11%), Aécio (9%) e Eduardo Campos (3%). Votos brancos e nulos somam 8% e 11% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.
Quanto ao segundo turno, Dilma teria 66% se enfrentasse Marina, que terminaria a eleição com 18%. Em outro cenário, Dilma (67% venceria Aécio (14%) e, no terceiro cenário, outra vitória ainda mais folgada – Dilma (71%) e Eduardo Campos (8%). A pesquisa cumpre importante papel para o PSB que pode capitalizar a citação e nacionalização do pré-candidato Eduardo Campos – um calo no sapato de petistas e peemedebistas. Veja outra matéria neste site sobre a corrida presidencial, com as movimentações de Eduardo Campos.
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