Gleydson Medeiros

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Mulher de vereador recebia Bolsa Família

Segundo o Portal da Transparência do Governo Federal, Adriana Lúcia Bezerra de Alencar, esposa de Leonelzinho Alencar, realizou oito saques entre os meses de outubro de 2009 e agosto de 2010

IANNA SOARES

Com reduto eleitoral em Messejana, vereador é candidato à reeleição

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Adriana Lúcia Bezerra de Alencar, mulher do vereador de Fortaleza e candidato à reeleição Leonelzinho Alencar (PTdoB), recebeu dinheiro do programa Bolsa Família, do governo federal. Apesar de o benefício ser destinado para famílias carentes, a mulher do vereador, com renda familiar de mais de R$ 9,2 mil mensais, realizou oito saques de R$ 32 do programa entre os meses de outubro de 2009 e agosto de 2010.

A Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), responsável pelo cadastro do Bolsa Família em Fortaleza, declara que está apurando o caso e deverá acionar o Ministério Público. Caso sejam comprovadas irregularidades no cadastro, Adriana Alencar poderá responder por fraude e falsidade ideológica, além de ter de devolver o valor recebido.

De acordo com a Semas, a mulher de Leonelzinho se cadastrou para o benefício em junho de 2007, declarando renda familiar mensal de R$ 139 por pessoa. Com base nisso, Adriana Alencar obteve o benefício de R$ 32 mensais – R$ 22 de base do programa mais R$ 10 de variação. Ela permaneceu ligada ao programa até 12 de novembro de 2010, quando o benefício foi bloqueado por falta de revisão cadastral.

 

Acusação

A denúncia partiu da vereadora Toinha Rocha (Psol) e do deputado estadual Fernando Hugo (PSDB), que também acusam Adriana de possuir cargo comissionado na Autarquia Municipal de Trânsito (AMC).

De acordo com os parlamentares, rivais políticos de Leonelzinho na Messejana, ela é lotada no órgão desde junho de 2009 – três meses antes do início do pagamento do Bolsa Família –, recebendo salário de R$ 972,81.

Segundo o advogado da família de Leonelzinho Alencar, Rodrigo Cavalcante, nem o vereador nem sua esposa irão se pronunciar sobre o assunto.

Classificando a acusação de “eleitoreira”, eles aguardam denúncia ou notificação formal por parte da Justiça