210 prefeitos eleitos em 2008 foram cassados no Brasil.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, o alto índice deve-se a fatores como o aperfeiçoamento da legislação e mais presença de órgãos de controle. Minas Gerais e Piauí lideram ranking notícia 0 comentários
Para o presidente nacional da CNM, Paulo Roberto Ziulkoski, os números tendem a crescer ainda neste ano à medida em que novos processos forem julgados.
Ziulkoski acredita que o alto índice de cassações deve-se a aperfeiçoamentos da legislação, à ampliação da presença dos órgãos de controle e à fiscalização cada vez maior da sociedade.
Mas faz uma reclamação. “Queremos que a lei seja aplicada a todos e que atinja os médios e grandes também”, destaca, em uma referência o rigor dos órgãos de controle, que seria maior com as pequenas prefeituras do que com as grandes e os governos estaduais.
Mortes
Em 56 municípios do país, a troca de prefeito ocorreu por morte do titular, sendo que oito prefeitos foram assassinados ou se suicidaram. Vinte e nove saíram para concorrer a outro cargo, 18 por doença e 70 por outros motivos como renúncia e acordo entre partidos. As cassações por infração à lei eleitoral representaram 22,8% dos casos de afastamento dos prefeitos.
Os casos mais comuns incluem a tentativa de compra de voto, uso de materiais e serviços custeados pelo governo na campanha e irregularidade na propaganda eleitoral.
Já os atos de improbidade administrativa motivaram 36,6% das trocas. Além disso, 4,76% dos prefeitos deixaram seus cargos por causa de crime de responsabilidade, 17,62% por infração político-administrativa e 2,86% por crime comum.
Os Estados de Minas Gerais e do Piauí apresentam o maior número absoluto de prefeitos cassados. Em cada um desses Estados, 29 prefeitos perderam o mandato após processo de cassação. Em segundo lugar vem o Paraná, onde 14 prefeitos foram cassados.
O Ceará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina tiveram 12 prefeitos cassados em cada estado. (das agências de notícias)
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O levantamento da CNM consolida a avaliação de que prefeitos não são mais inatingíveis, como acontecia há até alguns anos. Isso pode ser atribuído, principalmente, ao papel da sociedade, cada vez mais exigente.
Números
5.563
Foi o total de prefeitos eleitos ou reeleitos em 2008, segundo dados da CNM 383
É a quantidade total de prefeitos municipais que não estão mais no cargo
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